Muito poderia dizer sobre os Jogos Abertos. Desde a importância dessa competição ao revelar novos atletas até ao fato da competição ter perdido muito da sua característica pela força do dinheiro das cidades mais poderosas. Nesse aspecto parece que custa ao governantes entenderem que o esporte deveria ser prioridade em qualquer administração que tenha real interesse em diminuir a violência, melhorar a qualidade de vida e criar novas perspectivas profissionais aos seus munícipes.
Mas não é disso que quero falar. Os Jogos Abertos do Interior, disputados há 74 anos no Estado de São Paulo, tem uma formatação que deveria ser copiada nos Jogos Olímpicos. Quando se prega pelo mundo a inclusão social, com a participação dos deficientes físicos, os Jogos Olímpicos criam a para-olimpíada, uma competição paralela exclusiva para os deficientes. Enquanto isso, nos Jogos Abertos, as competições de atletismo e natação contemplam a participação dos atletas especiais junto com as provas que marcam pontos e dão medalhas às cidades. Ou seja, no atletismo, por exemplo, há prova dos 100m para atletas e para para-atletas, todos no mesmo dia e na mesma competição. Assim, as cidades que querem ganhar os Jogos na classificação geral tem que ter trabalho com os especiais com a mesma dedicação. Isso é inclusão social.
Ao se fazer uma competição paralela não se inclue e sim exclue, separa, distancia.
Que os Jogos Abertos de São Paulo sirvam de exemplo ao mundo para que inclusão social deixe de ser um argumento de retórica e passe a ser realidade.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
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